O Ponto de Encontro - Banner

Home Música  Arquivo CD Críticas

A cura di Antonio Danise - Tradução Andreia Eunice Palma

 

Capa do cd

Mafalda Arnauth – Flor de fado

Bastam poucas notas de guitarra portuguesa para sermos imediatamente introduzidos no mágico mundo do fado, um género musical que, a par do tango para os argentinos, o flamenco para os ciganos e andalusos ou a morna para os cabo-verdianos, canta a autêntica alma do povo português. E quando, à música de virtuosos instrumentistas, se une a voz esplêndida de Mafalda Arnauth, eis que a magia se apresenta à frente dos nossos olhos em toda a sua força.

Mafalda  Arnauth, nascida em Lisboa em 1974, insere-se na linha das novas vozes do fado português, à maneira de outras representantes mais conhecidas como Dulce Pontes, Mariza, Bévinda ou Cristina Branco. Impossível, de qualquer forma, para cada uma delas, subtrair-se do fascínio da rainha do fado Amália Rodrigues, à qual cada uma paga um devido tributo. 

E nem Mafalda Arnauth conseguiu subtrair-se a este encanto. “Foi Deus”, “Vou dar de beber à dor” e “Povo que lavas no rio”, grandes sucessos de Amália, faziam de facto parte do programa da recente digressão italiana em três etapas com o título “Flôr de fado”, que a levou pela primeira vez a Itália, de Mestre a Florença e depois a Roma, para apresentar “Diário”, o seu último trabalho discográfico, o quinto da sua carreira, saído no início de 2008.

Entre as 15 faixas que fazem parte do disco, além do já citado “Foi Deus”, de assinalar “La Bohéme”, de Charles Aznavour, “Milonga do Chiado” (participação extraordinária do acordeão de Ricardo Dias), e “O que tinha de ser...”, um clássico de Vinicius de Moraes e Jobim, quase a querer sublinhar que o fado não é uma questão de língua portuguesa. Trata-se, em vez disso, de um modo de ser e tudo pode ser interpretado em registo de fado, até sucessos pertencentes ao panorama musical francês, argentino ou brasileiro ou, como fez Mafalda na digressão italiana, propondo pela primeira vez uma surpreendente interpretação de “Io che amo solo a te” de Sergio Endrigo.

Mafalda, neste último disco, serve-se da colaboração de virtuosos percussionistas de cordas extraordinários como Paulo Pereira na guitarra portuguesa, Marino de Freitas no baixo acústico, ou Diogo Clemente e Ramon Maschio na guitarra clássica. É notável o acompanhamento do fliscorne de Miguel Gonçalves em “O que tinha de ser...”. Um grupo de instrumentistas que juntamente à voz de Mafalda contribuiu à criação da magia do fado e a oferecer um momento de música para recordar.

Uma magia que chega do profundo da alma através de uma voz que, ouvida ao vivo, parece contida ao máximo, até ao extremo, como se Mafalda quisesse poupá-la para conservar-lhe a potencialidade expressiva ainda por muito tempo. Um modo para poder assegurar a mesma força e frescura vocal para o futuro seguramente brilhante para esta cantora extraordinária. De ter debaixo de olho.

 

Mafalda Arnauth – Flor de fado

Bastano poche note di chitarra portoghese per essere immediatamente introdotti nel magico mondo del fado, un genere musicale che, al pari del tango per gli argentini, il flamenco per i gitani e gli andalusi o la morna per i capoverdiani, canta la autentica anima del popolo portoghese. Quando poi alla musica di virtuosi esecutori si unisce la splendida voce di Mafalda Arnauth, ecco che la magia si presenta davanti agli occhi in tutta la sua forza.

Mafalda Arnauth, nata a Lisbona nel 1974, si inserisce nella scia delle nuove voci del fado portoghese, alla stregua di altre rappresentanti più conosciute come Dulce Pontes, Mariza, Bévinda o Cristina Branco. Impossibile comunque per ognuna di loro sottrarsi al fascino della regina del fado, Amália Rodrigues, alla quale ognuna paga un doveroso tributo.

E neanche Mafalda Arnauth è riuscita a sottrarsi a questo incantesimo. “Foi Deus”, “Vou dar de beber á dor” e “Povo que lavas no rio”, grandi successi di Amália, facevano infatti parte del programma della recente tournée italiana in tre tappe dal titolo “Flor de fado”, che l’ha portata per la prima volta in Italia, da Mestre a Firenze e poi a Roma, per presentare “Diário”, il suo ultimo lavoro discografico, il quinto della sua carriera, uscito all’inizio del 2008.

Tra le 15 tracce che fanno parte del disco, oltre al già citato “Foi Deus”, da segnalare “La Bohéme”, di Charles Aznavour, “Milonga do Chiado” (straordinaria la partecipazione alla fisarmonica di Ricardo Dias), e “O que tinha de ser ...”, un classico di Vinicius de Moraes e Jobim, quasi a voler sottolineare che il fado non è una questione di lingua portoghese. Si tratta piuttosto di un modo di essere e tutto può essere interpretato in chiave di fado, anche successi appartenenti al panorama musicale francese, argentino o brasiliano o, come ha fatto Mafalda nel tour italiano, proponendo per la prima volta una sorprendente interpretazione di “Io che amo solo te” di Sergio Endrigo.

Mafalda, in questo ultimo disco, si avvale della collaborazione di straordinari virtuosi degli strumenti a corde come Paulo Perreira alla chitarra portoghese, Marino de Freitas al basso acustico, o Diogo Clemente e Ramon Maschio alle chitarre classiche. Notevole l’accompagnamento del flicorno di Miguel Gonçalves in “O que tinha de ser ...”. Un gruppo di strumentisti che insieme alla voce di Mafalda ha contribuito a creare la magia del fado e a regalare un momento di musica da ricordare.

Una magia che arriva dal profondo dell’animo attraverso una voce che, ascoltata dal vivo, sembra trattenuta al massimo, fino all’estremo, come se Mafalda volesse risparmiarla per conservarne la potenzialità espressiva per molto tempo ancora. Un modo per poter assicurare la stessa forza e freschezza vocale per il futuro di certo brillante per questa straordinaria cantante. Da tenere d’occhio.

Voltar à página principal (em português) | Tornare alla pagina principale (in italiano)
Para sugerir um site | Per suggerire un sito
Falemos | Forum