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Por Antonio Danise - Tradução Marcio Ceretti

Coladera

Tito Paris

Tito Paris

Um dos vários géneros musicais tradicionais do arquipélago cabo-verdiano é a coladera. Também neste caso não são conhecidas as origens, embora é certo que se trata de um estilo musical lançado em tempos mais recentes em comparação a morna: há quem sustente que a coladera é uma versão um pouco mais acelerada da morna. Outros sustentam por outro lado que ela deriva de géneros musicais provenientes das regiões caribenha ou sul americana. Pensa-se que os primeiros trechos da coladera foram compostos ao redor dos anos 30 do século de XX° em Mindelo, na ilha de São Vicente.

Trata-se de um género de ritmo decididamente mais rápido em comparação à morna e mais próprio para ser dançado nas famosas noites cabo-verdianas. É uma forma musical vivaz, feliz, cujos textos, de modo irónico e sarcástico, abordam situações da vida diária do cabo-verdiano. O compositor da coladera assume frequentemente também o papel de crítico de alguns aspectos da sociedade, em defesa das faixas menos favorecidas da população e da mulher, informando as imposições e as injustiças, também de modo feroz.   

Também aqui entre os intérpretes principais aparecem Bana, Cesária Évora e Ildo Lobo com o grupo dele Os Tubarões, além de Tito Paris e Luís Morais e ao grupo fundado por ele A Voz de Cabo Verde (grupo musical pioneiro  na difusão da musica  cabo-verdiana no estrangeiro, primeiro em Dakar  e em seguida na Europa, a partir do princípio dos anos 60).

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