Duas coisas são certas: se tem intenção de fazer uma vida de praia não
frequente a Madeira, as praias simplesmente não existem. Se quiser visitar a
ilha faça-o principalmente a pé: existem muitos percursos de várias
dificuldades e comprimento que permitem desfrutar o dia inteiro. Imersos no
verde, os trilhos que correm ao longo das "levadas", os característicos
canais de irrigação, são bastante sugestivos. Alguns são frequentáveis se
não se sofre de vertigens, por se localizarem ao longo dos flancos das
montanhas. Uma lanterna é importante pois alguns desses desenvolvem-se em
passagens subterrâneas, aumentando ainda mais a atractividade.
A rede de transportes públicos é bem desenvolvida e como em toda parte do
mundo alguns lamentam os autocarros nunca cumprirem o horário. A mim
particularmente chocou-me o elevado número de táxis que circulam. Devo dizer
que tive a mesma impressão também em Portugal Continental. Estão em todo o
lugar. Longuíssimas filas nas avenidas do Funchal, na vizinhança dos pontos
panorâmicos muito frequentados de turistas, ao fim dos percursos
excursionistas e naturalistas, parqueados nas vilas solitárias a oeste da
ilha. Por fim, as estradas são uma verdadeira satisfação para quem, como eu,
prefere os percursos estradais difíceis e sinuosos. A única via
automobilística veloz e fluente, liga a parte oriental da ilha, e é chamada
Via Rápida.
No geral a visita ao arquipélago é interessante e seguramente de aconselhar,
ainda que não represente nada de inédito, de alternativo ou original.
Lugares 
