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2/8/2006 – Salvador da Bahia: Leite em pó
Um menino de rua chega perto de mim. É pequeno, grácil , provavelmente menos jovem do que aparenta: é difícil dar uma idade a estas criaturas desnutridas e consumidas pelas drogas. Diz que não quer dinheiro, mas somente alguma coisa para comer e me pede para comprar-lhe uma lata de leite em pó. Parece-me uma coisa razoável e assim vou na farmácia e pego a lata maior, aquela de um quilo. Chega perto de mim uma policial e explica que eles fazem darem leite para depois trocá-lo com dose de droga. Inútil procurar fazer qualquer coisa certa ou somente de útil. O bem e o mal, se pensarmos bem, aqui parecem quase a mesma coisa.
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