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A cura di Antonio Danise - Traduzione Isabel Quitério

capa do livroCampi di lava – Jaume Benavente

Eva Kleeman, brasiliana, di origine tedesca, sbarca con un bimotore sull’isola di Fogo, Capo Verde, per ricoprire l’incarico di bibliotecaria della Sociedade de Leitura di São Felipe, la capitale dell’isola. Prende il posto di Angêla Freire che, dopo la morte del padre, secondo Amministratore dell’isola, e soprattutto dopo l’indipendenza di Capo Verde, vive come se si trovasse ancora in epoca coloniale.

Attraverso la descrizione degli incontri e delle conoscenze con la gente del posto e degli episodi che consentono ad Eva di inserirsi lentamente nel contesto capoverdiano, l’autore ci fa conoscere l’isola fornendoci al tempo stesso la personale ricostruzione di alcuni momenti della storia di Capo Verde, come nel caso della guerra per l’indipendenza in Guinea-Bissau, vista dagli occhi di un soldato schierato dalla parte dei portoghesi,  e raccontandoci della vita su Fogo nella seconda metà del XX° secolo.

Un aspetto che non passa in secondo piano in tutta Capo Verde e che emerge chiaramente dalla lettura del libro è quello della natura. Anche a Fogo la natura sembra avere la meglio su tutto: il vulcano che fa ancora paura, nei ricordi delle ultime eruzioni, disseminando per tutta l’isola sterili campi di lava, come ricorda il titolo del libro; il tratto di mare sempre di difficile navigazione tra Brava e Fogo; le cicliche invasioni delle cavallette che distruggono tutto nel loro passaggio, lasciandosi il vuoto dietro e ferite dolorose sul corpo delle persone; l’harmattan, il vento che arriva dall’Africa, che porta dietro di sé polvere e sabbia del deserto che coprono inesorabilmente le isole.

E poi, il tempo che scorre, che fa dire al narratore, della protagonista, che “adesso poteva conoscere quel mondo che tramontava soltanto attraverso i suoi ultimi due rappresentanti”. Un mondo in estinzione, che scompare inevitabilmente, che lentamente si va sfaldando e che la protagonista ha conosciuto per averne vissuto direttamente gli ultimi momenti oppure attraverso le storie raccontate da rappresentanti che sembrano vivere in altre epoche.

Una lettura scorrevole e piacevole per questo romanzo ambientato a Capo Verde, uscito nella traduzione italiana all’inizio del 2008 e che testimonia dell’attenzione crescente per questo piccolo arcipelago situato in pieno oceano Atlantico. Una ulteriore tappa dell’interesse per il mondo lusitano dello scrittore catalano Jaume Benavente che ha già dedicato altri lavori ai paesi di lingua portoghese.

“Leggere fa bene” è il motto della casa editrice. Leggere di Capo Verde fa ancora meglio, aggiungiamo noi.

Jaume Benavente
Campi di lava - Il fascino di Capo Verde
FBE-Edizioni - 2008

Campi di lava – Jaume Benavente

Eva Kleeman, brasileira, de origem alemã, desembarca de um bimotor na ilha do Fogo, Cabo Verde, para ocupar o cargo de bibliotecária na Sociedade de Leitura de São Felipe, a capital da ilha. Substitui Angela Freire que, depois da morte do pai, segundo administrador da ilha, e da independência de Cabo Verde, continua a viver como se ainda estivesse na época colonial.

Através da descrição dos encontros e dos conhecimentos que Eva vai travando com as pessoas do lugar, e dos episódios que permitem a Eva integrar-se lentamente no contexto caboverdiano, o autor dá-nos a conhecer a ilha fazendo simultaneamente uma reconstituição pessoal de alguns momentos da história de Cabo Verde, como é o caso da guerra pela independência na Guiné-Bissau, vista pelos olhos de um soldado que combateu do lado dos portugueses, e contando-nos a vida no Fogo na segunda metade do século XX.

Um aspecto que nao é menos importante em todo o Cabo Verde, e que emerge claramente da leitura do livro, é o da natureza. Também no Fogo a natureza parece levar vantagem sobre todo o resto: o vulcão que ainda atemoriza, nas lembranças das últimas erupções, que cobriram toda a ilha com estéreis campos de lava, como recorda o título do livro; o mar sempre difícil de navegar entre a Brava e o Fogo; as cíclicas invasões de gafanhotos que destroem tudo à sua passagem, deixando um rasto de vazio e feridas dolorosas no corpo das pessoas; o harmattan, vento que chega de África, trazendo consigo poeira e areia do deserto que cobrem implacavelmente as ilhas.

E depois, o tempo que passa, que leva o narrador a dizer , através da protagonista, que "agora podia conhecer aquele mundo em declínio apenas através dos seus últimos dois representantes". Um mundo em extinção, que desaparece inevitavelmente, que se vai lentamente desintegrando e que a protagonista conheceu por ter vivenciado os seus últimos momentos, ainda que através das estórias
contadas por representantes que parecem viver noutras épocas.

Uma leitura fluída e prazeirosa, a deste romance passado em Cabo Verde, publicado em tradução italiana no início de 2008, e que testemunha o crescente apreço por este pequeno arquipélago situado em pleno Oceano Atlântico. Mais uma etapa do interesse pelo mundo lusitano do escritor catalão Jaume Benavente que havia já dedicado outros trabalhos aos países de língua portuguesa.

"Ler é bom" é o mote da editora. Ler sobre Cabo Verde é ainda melhor,
acrescentamos nós.

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