O Ponto de Encontro - Banner
Home Livros Arquivo Retratos Sandro Penna
Por Lucy Ricarte Gomes e Pierino Bonifazio

Ficha biográfica/Scheda biográfica

 

È pur dolce il ritrovarsi

È pur dolce il ritrovarsi
Per contrada sconosciuta.
Un ragazzo con la tuta
Ora passa accanto a te

Tu ne pensi alla sua vita
-a quel desco che l’aspetta.
E la stanca bicicletta
Ch’egli posa accanto a sé

Ma tu resti sulla strada
Sconosciuta ed infinito.
Tu non chiedi alla tua vita
Che testare ormai com’è.

É mesmo doce o reencontrar-se

É mesmo doce o reencontrar-se
Por lugares desconhecidos
Um rapaz em costume vestido
Que agora passa perto de você.

Você nem pensa na sua vida
-naquele “banquete” que lhe espera.
E a cansada bicicleta
Que apóia a si mesmo.

Mas você permanece na estrada
Desconhecida e infinita.
Não pede mais a sua vida
De provar-lhe como ela é.

 

 

Se son malato vago tra la folla

Se son malato vago tra la folla
del sobborgo. Ma l'umido grigiore
invernale mi rende triste e solo.
A soffi sale sulla via un afrore
caldo da una palestra sotterranea
ove giovani e nude belve assalgono
nemici immaginari, in basso a scatti soffiando.
Un vecchio mendicante guarda,
con me, la scena senza nostalgie.

Se estou doente erro na multidão

Se estou doente erro na multidão
do subúrbio.
Mas a humidade cinzenta
invernal me deixa triste e só.
Aos sopros sobe na rua um ar quente
de uma academia subterrânea
onde jovens e nuas feras atacam
inimigos imaginários, no baixo em saltos soprando.
Um velho mendigo olha,
comigo, a cena sem nostalgia.

 

 

Cimitero di campagna

Fra la gioia dei grilli
oscure fiaccole.

E in alto le stelle.

Al giovane cuore
la riposata ridda
delle solari
gesta del giorno.

Ma un'ansia i ridenti occhi
già turba
al fanciullo venuto
per gioia con me.

Cemitério de campo

Entre a alegria dos grilos
obscuras tochas.
E no alto as estrelas.

Ao jovem coração
O descansado turbilhão
dos ensolarados
gestos do dia.

Mas uma ansia os risonhos olhos
já perturba
ao menino vindo
por alegria comigo.

 

 

Se la notte d'estate

Se la notte d'estate cede un poco
su la riva del mare sorgeranno
- nati in silenzio come i suoi colori -
uomini nudi e leggeri che vanno.

Ma come il vento muove il mare, muovono
anche, gridando, gli uomini le barche.

Sorge sull'ultimo sudore il sole.

Se a noite de verão

Se a noite de verão ceder um pouco
sobre a praia do mar levantarão
- nascidos no silêncio como as suas cores -
homens nus e leves que vão.

Mas como o vento move o mar, movem
também, gritando, os homens seus barcos.

Surge sobre o último suor o sol.

 

 

Basta all'amore degli adolescenti

Basta all'amore degli adolescenti
sentirsi possedere
dal sole entro la sabbia calda immoti.

Tutto è così. Non viene un forte vento
a rovesciare la calma accecante.

La sera, all'ombra della cattedrale,
con gridi e gridi giuocano i fanciulli.
Ma nel silenzio è inutile la voce

anche delle campane.

 

Se la notte d'estate

Basta ao amor dos adolescentes
sentir-se possuir
do sol entre a areia quente e imoveis.

Tudo é assim. Não vem um forte vento
a derrubar a calma nebulosa.

A tarde, à sombra da catedral,
com gritos e gritos brincam os meninos.
Mas no silêncio é inútil a voz

mesmo a dos sinos.

 

 

Nel sonno incerto

Nel sonno incerto sogno ancora un poco.
E' forse giorno. Dalla strada il fischio
di un pescatore e la sua voce calda.
A lui risponde una voce assonnata.

Trasalire dei sensi - con le vele,
fuori, nel vento? - lo sogno ancora un poco.

No sono incerto

No sono incerto sonho ainda um pouco.
É talvez dia. Na estrada o assobio
de um pescador e a sua voz quente,
À ele responde uma voz adormecida.

Estremecer dos sensos - com as velas,
fora, ao vento?- sonho mais um pouco.

 

 

Notte

Notte - sogno di sparse
finestre illuminate.
Sentire la chiara voce
dal mare. Da un amato
libro veder parole
sparire... - Oh stelle in corsa
l'amore della vita!

Noite

Noite - sonho de raras
janelas iluminadas.
Ouvir a clara voz
do mar. De um amado
livro olhar palavras
desaparecer... - Oh estrelas correndo
o amor da nossa vida!

 

 

Autunno

Il vento ti ha lasciata un'eco chiara,
nei sensi, delle cose ch'ài vedute
- confuse - il giorno. All'apparir del sonno
difenderti non sai: un crisantemo,
un lago tremulo e una esigua fila
d'alberi gialloverdi sotto il sole.

Outono

O vento te deixou um eco claro,
nos sentidos, das coisas que tu viste
- confusas - no dia. Ao aparecer do sono
defender-te não sabes: um crisântemo,
um lago trêmulo e uma exígua fila
de árvores verde-amarelas sob o sol...

 

 

Città

Livida alba, io sono senza dio.

Visi assonnati vanno per le vie
sepolti sotto fasci d'erbe diacce.
Gridano al freddo vuoto i venditori.

Albe più dense di colori vidi
su mari su campagne inutilmente.

Mi abbandono all'amore di quei visi.

 

Cidade

Lívida manhã, eu estou sem deus.
Rostos adormecidos pelas vias
vão como sob feixes de ervas frias.
Gritam ao frio vazio os vendedores.

Manhãs mais densas de cores eu já vi
por mares e por campos inutilmente.

Me abandono ao amor daqueles rostos.

 

Se la vita sapesse il mio amore!

Se la vita sapesse il mio amore!
me ne andrei questa sera lontano.
Me ne andrei dove il vento mi baci
dove il fiume mi parli sommesso.

Ma chi sa se la vita somiglia
al fanciullo che corre lontano ...

Se a vida soubesse do meu amor!

Se a vida soubesse do meu amor!
Andar-me-ia nesta tarde distante.
Andar-me-ia aonde o vento me beijasse
a onde o rio suave me falasse.

Mas quem sabe a vida se assemelhe
ao menino que corre distante...

 

 

L'aria di primavera

L'aria di primavera
invade la città.
Ai fanciulli la sera
cresce un poco l'età.

Ar de primavera

O ar da primavera
espalha-se na cidade.
Aos meninos na tarde
cresce um pouco a idade.

 

     

Voltar à página principal (em português) | Tornare alla pagina principale (in italiano)
Para sugerir um site | Per suggerire un sito
Falemos | Forum