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Eugenio Montale

Eugenio MontaleNascido em Genova em 1896, Eugenio Montale, um dos maiores poetas italianos do século XX, teve a mocidade marcada pela paisagem da Ligúria natal, as férias na casa da família em Monterosso, nas Cinque Terre, a paixão pela música e as lições de canto com o sonho juvenil de se tornar um barítono famoso, a pintura que anos depois, na maturidade, vai produzir pequenos, requintadíssimos quadros. Mas a primeira guerra mundial (1915/1918 - onde serviu como oficial do exercito), a morte do barítono Ernesto Sivori (com quem tinha começado a estudar canto) e sua decisão de dedicar-se a uma carreira literária, fizeram com que Montale mudasse de direção.

Depois do fim da guerra, Montale dedicou-se completamente as atividades criativas e à literatura. Montale se estabeleceu em Florença em 1928, onde tornou-se diretor da livraria Gabinetto Vieusseux. Foi um dos primeiros inspiradores de "Solaria", sendo sempre um dos mais ativos e politicamente não conformistas intelectuais florentinos até que, em 1938, recusando-se de entrar no partido que estava no poder, ele foi demitido do cargo de diretor do Gabinetto Vieusseux. Em 1925 publicou sua primeira coletânea de Poesias, "Ossi di seppia", que logo tornou-se um dos clássicos da poesia italiana contemporânea. Em "Le occasioni", publicado em 1939, a sua poesia, deixando o impressionismo dos "Ossi di seppia", se torna abstrata e metafísica, pós-simbolista, com apelos a Eliot e à sua teoria do correlativo-objetivo.

A Segunda Guerra Mundial viu a publicação, em 1943, de "Finisterre", uma coleção que constituiu uma referencia para o volume publicado em 1956 "La bufera e altro", uma consistente continuação de todo seu trabalho. "La farfalla di Dinard" mostrou que Montale era também um escritor original de prosa.

Os seguintes trabalhos, tanto prosa quanto poesia, confirmaram a vitalidade do escritor e mostram um novo Montale, mais coloquial, em que o desespero da primeira estação parece se ter dissolvido num auto-humorismo sem remédio e numa nova pietas para com os outros, homens e coisas: "Auto da fé" (1966 e 1972), "Fuori di casa" (1969 e 1975) e "Quaderno di traduzioni" (1948 e 1975) são livros que dão uma idéia da vastidão de interesses e de versatilidade de seu talento. Em 1971 Mondadori publicou sua quarta coletânea de poesias, "Satura", que logo tornou-se um "bestseller". Em 1973, sempre com Mondadori, publicou "Diario 1971-1972" e em 1981 "Altri versi", que contem as suas últimas poesias.

Em 1975 recebeu o Prêmio Nobel pela Literatura: "Por sua característica poesia que, com grande sensibilidade artística, interpretou os valores humanos com uma visão da vida sem ilusões".

A morte colheu o poeta em Milão em 12 de setembro de 1981.

 

Destaques

Poesias escolhidas, em italiano e em português

Eugenio Montale su Supereva (poesie, prosa, testi, immagini,filmati)

Vita e opere su Italia Libri

Poesie in italiano e in traduzione inglese, francese, spagnola, tedesca

 

Bibliografia em língua portuguesa:

Poesias / Eugenio Montale; seleção, tradução e notas de Geraldo Holanda Cavalcanti. - Rio de Janeiro, Editora Record, 1997.

Ossos de Sépia - Tradução, Prefácio e Notas de Renato Xavier, São Paulo,
Companhia das Letras, 2002.

Diário Póstumo - Tradução de Ivo Barroso, Rio de Janeiro, Editora Record, 2002.

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