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Home Livros As primeiras dez linhas Uomini e no
Por Pierino Bonifazio e Elizabett Santos

Uomini e no

(di Elio Vittorini)

L'inverno del '44 è stato a Milano il più mite che si sia avuto da un quarto di secolo; nebbia quasi mai, neve mai, pioggia non più da novembre, e non una nuvola per mesi; tutto il giorno il sole. Spuntava il giorno e spuntava il sole; cadeva il giorno e se ne andava il sole.

Il libraio ambulante di Porta Venezia diceva: "Questo è l'inverno più mite che abbiamo avuto da un quarto di secolo. E' dal 1908 che non avevamo un inverno così mite."

"Dal 1908?" diceva l'uomo del posteggio di biciclette. "Allora non è un quarto di secolo. Sono trentasei anni."

"Bene," il libraio diceva. "Questo è l'inverno più mite che abbiamo avuto da trentasei anni. Dal 1908."

Egli aveva perduto il suo banco nei giorni della distruzione di agosto; aveva lasciato la città; e non è ritornato a Porta Venezia che al principio di dicembre per poter vedere questo che vedeva: il più mite inverno di Milano dopo il 1908. Splendeva il sole sulle macerie del '43; …

Elio Vittorini, Uomini e no, A. Mondatori Editore, Milano, 1965

Os homens e os outros

(de Elio Vittorini)

O inverno de 1944 foi em Milão o mais suave que aconteceu em um quarto de século; neblina quase nunca, neve nunca, chuva não mais depois de novembro, e nenhuma nuvem por meses; por todo o dia o sol. Aparecia o dia e aparecia o sol; caía o dia e sumia o sol.

O vendedor ambulante de livros de Porta Venezia dizia: "Este é o inverno mais suave que já tivemos em um quarto de século. Desde 1908 que não temos um inverno tão suave."

"Desde 1908?" dizia o homem do estacionamento de bicicletas. "Então não é um quarto de século. São trinta e seis anos."

"Bem," o vendedor de livros dizia. "Este é o inverno mais suave que já tivemos em trinta e seis anos. Desde 1908."

Ele tinha perdido o seu banco nos dias da destruição de agosto; tinha deixado a cidade; e não retornou a Porta Venezia até o início de dezembro para que pudesse ver o que via: o mais suave inverno de Milão depois de 1908. Brilhava o sol nos escombros de 1943;… (trad. Elizabett Santos)

Elio Vittorini, Os homens e os outros, trad. Elena Ricci Pinto, Editorial Gleba, Lisboa, 1972

Uomini e no - Os homens e os outros

Pubblicato per la prima volta nel 1945, "Uomini e no" è probabilmente il primo romanzo della Resistenza, il primo commento ad essa di uno scrittore. Mentre da un lato celebra la necessità della Resistenza, nello stesso tempo dissemina dubbi e incertezze su quanto è accaduto: sul presente e sul futuro, sul significato profondo del combattere e del morire, sulla non-umanità che non è altro dall'uomo, ma è nell'uomo e appartiene all'uomo. Sull'essere uomini e no.

Publicado pela primeira vez em 1945, "Os homens e os outros" é provavelmente o primeiro romance da Resistência, o primeiro relato de um escritor sobre este tema. Enquanto de um lado celebra a necessidade da Resistência, ao mesmo tempo dissemina dúvidas e incertezas sobre o que aconteceu: sobre o presente e sobre o futuro, sobre o significado profundo de combater e morrer, sobre o desumano que não está fora do homem, mas é do homem e pertence ao homem. Sobre ser homem ou não.

Elio Vittorini

Figlio di un ferroviere, interrompe gli studi tecnici e, nel '24, va via dalla Sicilia per lavorare in una impresa di costruzioni nella Venezia Giulia. Inizia a collaborare, sin dal 1927, a varie testate; entra in contatto con il gruppo di "Solaria", per la quale pubblica il suo primo racconto e successivamente (1933-1934), a puntate, il suo romanzo d'esordio "Il garofano rosso" (ma le uscite vengono interrotte dalla censura). Nel 1938 si trasferisce a Milano: le proprie posizioni politiche, dall'iniziale "fascismo di sinistra", divengono di radicale opposizione al regime. La posizione di rilievo che Vittorini occupa nella scena letteraria nostrana gli deriva non soltanto dal suo valore di scrittore,ma soprattutto dal ruolo che egli ha rivestito nell'ambito del dibattito culturale dell'epoca. Oltre a una intensa attività editoriale per Einaudi, ha pubblicato, tra gli altri, "Conversazione in Sicilia" (1941) e, postumo, "Le città del mondo" (1969).

Filho de um ferroviário, interrompe os estudos técnicos e, em 1924, sai da Sicília para trabalhar em uma empresa de construção na Venezia Giulia. Começa a colaborar, a partir de 1927, em várias revistas; entra em contato com o grupo da "Solaria", pelo qual publica o seu primeiro conto e sucessivamente (1933-1934) em capítulos, o seu romance de estréia "Il garofano rosso" (mas os trabalhos são suspensos pela censura). Em 1938 se transfere para Milão: as próprias posições políticas, que eram no início do "fascismo de esquerda", se tornam de radical oposição ao regime. A posição de destaque que Vittorini ocupa na nossa cena literária é resultado não somente do seu valor como escritor, mas sobretudo do papel que ele teve no âmbito do debate cultural da época. Além de uma intensa atividade editorial pela Einaudi, publicou, entre outros, "Conversazione in Sicilia" (1941) e, após sua morte, "Le città del mondo" (1969).

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Note su "Uomini e no"
Biografia di Elio Vittorini
Bibliografia
Resistenza e Letteratura
Conversa na Sicília

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