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A cura di Giancarlo Perlo - Tradução de Patricia Viana

 

Belle toujoursManoel de Oliveira - Belle tujours

A quasi 40 anni di distanza, Manoel de Oliveira rende omaggio (a modo suo) a Luís Buñuel, firmando questo "Belle tujours", ideale continuazione di "Belle de jour", film culto del maestro spagnolo. Nei panni di Husson ritroviamo Michel Piccoli, mentre il personaggio di Severine (all'epoca interpretato dall'affascinante Catherine Deneuve) è affidato a Bulle Ogier.

La trama è semplice e, sebbene Oliveira lo abbia negato, si propone come una continuazione del film di Buñuel: dopo molti anni Husson ritrova per caso Severine, ma lei gli sfugge. Alla fine però la donna accetta di incontrarlo a una cena, nella speranza che lui le dica se aveva raccontato o no a suo marito la doppia vita (di signora borghese e di prostituta di lusso) che Severine conduceva all'epoca.

I tempi del racconto, come è consuetudine del 97enne regista portoghese, sono lenti ed estremamente dilatati (le inquadrature di Parigi notturna, con la cinepresa perfettamente immobile, durano alcuni minuti); i dialoghi sono quasi surreali nella loro ossessiva semplicità e in alcune scene sono completamente assenti; una buona parte del film è dominata da personaggi apparentemente secondari rispetto alla storia (il barista e le due prostitute).

Oliveira rappresenta la vita in tempo reale e in modo totale, senza escludere le pause, i piccoli o grandi accadimenti estranei al racconto, le ovvietà del quotidiano. Il regista sembra a volte prendersi gioco dello spettatore, obbligandolo a guardare il mondo attraverso i suoi occhi. Ma la semplicità dello sguardo (riflessivo o beffardo) è solo apparente. Il cinema di Oliveira richiede pazienza e a volte può addirittura irritare. Ma, se ci si lascia andare ai suoi ritmi, è affascinante, come una cosa di altri tempi.

Titulo: Belle tujours
Produzione: Francia-Portogallo, 2006
Interpreti principali: Bulle Ogier, Michel Piccoli
Regia: Manoel de Oliveira

Manoel de Oliveira - Belle tujours

Após quase 40 anos, Manoel de Oliveira homenageia (a sua maneira)Luís Buñuel, assinando este "Belle tujours", ideal continuação de "Belle de jour", filme culto do mestre espanhol. Nos papéis de Husson reencontramos Michel Piccoli, enquanto a personagem de Severine (na época interpretada pela fascinante Catherine Deneuve) é confiado a Bulle Ogier.

A trama é simples e, embora Oliveira tenha negato isso, propõe-se come una continuação do filme de Buñuel: após vários anos Husson reencontra por acaso Severine, mas ela foge dele. Ao fim, porém, a mulher aceita reencontrá-lo em um jantar, na esperança que ele lhe diga contara ou não ao marido dela sobre a dupla vida (de senhora borguesa e de prostituta de luxo) que Severine levava na època.

Os momentos do conto, como é de costume do diretor português de 97 anos, são lentos e extremamente dilatados (as enquadraturas de Paris à noite, com a câmera perfeitamente imóvel, duram alguns minutos); os diálogos são quase surreais em sua obssessiva simplicidade e em algumas cenas são completamente ausentes; uma boa parte de filme é dominada por personagens aparentemente secndários em relação à história (o garçom e as duas prostitutas).

Oliveira representa a vida em tempo real e em modo total, sem excluir as pausas, os pequenos ou grandes acontecimentos estranhos ao conto, as fatos óbvios do quotidiano. O diretor parece às vezes jogar, trocando de lugar com o espectador, obrigando-o a olhar o mundo através dos seus olhos. Mas a simplicidade do olhar (reflexivo o sarcástico) é só aparente. O cinema de Oliveira exige paciência e às vezes pode até mesmo irritar. Mas, se deixamos as coisas acontecerem em seu devido ritmo, será fascinante, como coisa de outros tempos.

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